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Erivelton Laureano

As disrupções (que já estão acontecendo) no IVF Market Brazil


Disrupção significa a interrupção de um modelo de negócio sólido e estável e o surgimento repentino de novo modelo, mais eficiente e escalável que pulveriza o modelo anterior. A pergunta que muitos me fazem é: Vai chegar no meu negócio? a resposta geralmente é: Já chegou e você ainda não sabe!


As diversas #startups e empresas globais tais como Tesla, Starlink, Airbnb, Uber e WhatsApp surgiram inesperadamente e rapidamente destruíram grande parte do valor das empresas existentes similares, estabeleceram um novo padrão para consumidores que imediatamente adotaram.A #pandemia acelerou em muito o processo de transformação e aumentou o nível de angústia dos #médicos e #executivos do #mercado de Reprodução Humana. Como forma de melhor refletir, compartilho aqui algumas ideias.


Quando começo a estudar o assunto e fazer as reflexões necessárias à formação do pensamento, eu tenho mais dúvidas do que certezas. Mas vejo que ao fazer o exercício, consigo antecipar #cenários que o pensamento linear do médico e gestor é limitado para alcançar e visualizar essas transformações.


Faço as reflexões com base nas minhas percepções e análises do passado recente do mercado de Reprodução Humana, mas não quero projetar o futuro como uma simples ampliação do que já conhecemos até aqui.



1 – Paciente 5.0Os pacientes que antes escolhiam o médico pela indicação da avó, mãe, amigos agora recorrem aos indicadores digitais de NPS, recomendações, publicações de redes sociais e outros. Os Pacientes ganharam voz e o que é dito tem alcance. A pandemia fez com que os pacientes evoluíssem 3 anos em 3 meses no que diz respeito ao uso do digital.Com a aprovação da Telemedicina abriu-se uma zona segura de relacionamento com estes pacientes. Hoje um paciente pode migrar do perfil do Instagram do médico para uma consulta médica em apenas 3 toques no celular. E depois da consulta este mesmo paciente pode fazer a avaliação do profissional e publicá-la imediatamente. É uma disrupção grande. Talvez impensável até janeiro de 2020, mas completamente normal alguns meses depois. Aconteceu de uma hora para outra? Não claro que não!O processo de mudança do perfil dos pacientes é constante. A medicina 4.0 disponibilizou muitos recursos tecnológicos que se somaram àqueles já haviam sido incorporados no dia a dia dos pacientes.O Paciente 5.0 é o consumidor dos serviços de saúde que demanda todos os recursos tecnológicos sem renunciar ao acolhimento e da humanização.


2 – Sharing LabO laboratório de embriologia tornou-se o centro de convergência de todo o negócio da reprodução humana. Quer seja para atendimento direto aos médicos sócio proprietários ou para os médicos parceiros-usuários da estrutura terceirizada ao crescente número de médicos especialistas em laboratório.No passado recente um médico especialista em reprodução humana que não tinha o seu próprio laboratório era “percebido” pelos pacientes como “não especialista”. Hoje isso mudou completamente. Para o Paciente 5.0 não importa se o laboratório é proprio ou não. importa o nível de serviço, acolhimento e qualidade agregada do tratamento.Agregar serviços ao laboratório de embriologia é fundamental e conectá-lo a outro laboratório de genética é condição única de sobrevivência. Ou o Sharing Lab tem um fornecedor qualificado de testes genéticos ou não conseguirá se manter conectado com o Paciente 5.0®.


3 – InvestidoresJá estão presentes no mercado de Reprodução Humana diversos tipos de investidores. Os mais expressivos são Fresenius Helios proprietários das marcas Huntigton e Pró Criar e Solum VC atual controlador da Engravida. O Grupo Espanhol IVI opera uma clínica em Salvador. Outro Grupo que entrou recentemente no mercado é o Fleury que abriu este ano a primeira unidade/modelo da sua clínica laboratório em São Paulo a Fleury Reprodução Humana.De alguma maneira todas as demais clínicas, cerca de 170, estariam abertas a investimentos e projetos de expansão. Uma das barreiras segundo analistas de investimentos é a baixa Governança Corporativa que é fruto de uma gestão ainda incipiente.


4 – Gestão 360Esta é uma área que precisa evoluir bastante. Por uma razão simples. De maneira geral um bom médico não (necessariamente) faz um bom gestor e formar mão de obra qualificada para atuar neste mercado não tem sido uma tarefa fácil. Falta mão de obra executiva no mercado.Em 2020 realizamos o Curso Gestor 360 voltado para formar os novos gestores para este mercado. Das 60 vagas, 50% foram ocupadas por médicos. Este ano acontecerá a segunda edição com programação ampliada para cobrir toda a jornada do paciente.


5 – RegionalizaçãoTodos os mais importantes recursos tecnológicos e científicos disponíveis na Europa ou Estados Unidos, podem ser encontrados no Brasil e em qualquer Estado/Cidade que tenha uma clínica de Reprodução Humana.Cerca de 60% das clínicas/laboratórios estão localizados em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Apenas 4 Estados ainda não possuem clínicas: Rondônia, Acre, Roraima, Amapá. Diversos outros Estados possuem pelo menos uma clínica.Atualmente aumentou a demanda por estudos de mercado com objetivo de identificar regiões polos para abertura de clínicas. Por exemplo Petrolina em Pernambuco conhecida como a California sertaneja ou Capital do São Francisco que possuiu um polo populacional de cerca de 800.00 habitantes, recebeu este ano a primeira clínica. O mesmo aconteceu em João Pessoa e Campina Grande na Paraíba, Penápolis em São Paulo dentre outros.



Em resumo a disrupção é um processo que se consolida, porém já está em andamento é só uma questão de observação um pouco mais apurada e setorizada.

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